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Menopausa e sexualidade: o fim do ciclo não é o fim do prazer

Libido é mais do que desejo sexual.

Entre tantas mudanças que marcam a transição menopausal, uma costuma pesar
mais: a sensação de que o desejo diminuiu ou desapareceu.
É comum escutar no consultório que a libido “está negativa” quando o assunto é
sexualidade.


De fato, há mudanças hormonais que podem contribuir para isso. Mas a libido é
multifatorial e vai muito além de sexualidade: é pulsão de vida.


Onde sua vida está pulsando?
Às vezes, quando estamos imersas em novos projetos e ideias, nossa energia criativa
é direcionada para fora, e o espaço para o prazer íntimo fica reduzido. Outras vezes, o
esgotamento físico e mental ou a sobrecarga emocional drenam essa vitalidade.


O corpo é sábio: o que já não nutre, ele recusa
A menopausa é uma fase que nos convida a rever a vida e os vínculos. O que antes
tolerávamos agora cobra um preço diferente. Já não conseguimos sustentar relações
em que não podemos ser inteiras.


O véu hormonal que trazia certa estabilidade se levanta e revela o que já não faz
sentido. Talvez, na mente, ainda exista o impulso de insistir, afinal, são tantos anos de
convivência. Mas o corpo é sábio: ele se fecha para o que já não o nutre, para não ser
atravessado pelo que não faz bem.


Abrir o diálogo com a parceria é fundamental. O corpo muda e as necessidades
também. O desejo, agora, precisa de mais tempo, presença e conexão. Pede uma
reserva maior de ocitocina: mais abraços, beijos e olhares ao longo da semana. É
preciso cultivar a intimidade no cotidiano, não apenas no momento do sexo.


Sozinha? Um tempo fértil de redescoberta
E quando não há uma parceria, esse também pode ser um tempo fértil de
redescoberta.
A energia sexual não precisa de outro corpo para existir, ela vive em você. Pode ser o
momento de se tocar com mais curiosidade, de perceber o que o seu corpo gosta, de
se permitir prazer sem pressa ou expectativa.


A sexualidade pode se expressar em tantas formas quanto a própria vida: na dança,
no contato com a natureza, no riso, na criação, no simples sentir-se bem na própria
pele. Muitas mulheres descobrem, justamente nesse tempo de solitude, uma
intimidade mais verdadeira consigo mesmas.


Nutrir o desejo
Independentemente de estar em uma relação ou só, o desejo precisa ser nutrido.
Saber o que o alimenta é essencial: tempo de descanso, leveza, prazer nas pequenas
coisas, toque, cumplicidade, silêncio, mas também arte, contos, livros e música. Cada
mulher tem um mapa diferente do que desperta seu erotismo.

Cuidando do corpo e das mudanças físicas

Nas mudanças corporais, a lubrificação pode ser a primeira a “ir embora”, e isso não
significa falta de tesão: é apenas o corpo se reorganizando.


O uso de lubrificantes pode tornar tudo mais confortável e prazeroso, mas às vezes é
preciso ir além. Nessa fase, pode surgir o que a medicina chama de síndrome
geniturinária da menopausa, cujo sintoma mais comum é o ressecamento vaginal, que
pode gerar incômodo ou dor durante o sexo. E um corpo com dor, não terá estímulo
para exercer a sexualidade.


Cuidar disso é essencial. Há caminhos naturais muito eficazes, como o uso diário de
óleos vegetais puros, que nutrem os tecidos, devolvem elasticidade e favorecem a
sensibilidade. São pequenos gestos de presença que dizem ao corpo: eu continuo
aqui, viva, sentindo, desejando.


O prazer como força vital
Hoje, a ciência confirma o que os saberes antigos já sabiam: o prazer é uma força que
regula o corpo, equilibra hormônios, melhora o humor e fortalece a saúde. Quando
essa energia é acolhida e cultivada, ela se torna uma aliada para o bem-estar físico e
emocional.


A sexualidade na menopausa não termina: ela se transforma.
O corpo pede novos tempos, novas formas de prazer e novas relações consigo mesmo.

Quando a mulher se permite ouvir o próprio corpo e acolher suas mudanças, descobre que o prazer não se perde com a menopausa — ele amadurece.

Adriana Resende
Terapeuta em ginecologia natural, palestrante e facilitadora em saúde e bem-estar
feminino.

Contato:
Instagram: @adriana.ginecologianatural
Whatsapp: 11 91605-3358

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